DÍLI, 11/07/2017 (FDCH). A integração dos bolseiros graduados nos diferentes Ministérios constitui um modelo de qualidade a perpetuar no futuro sempre que os beneficiários do programa de Bolsas de Estudos do Fundo de Desenvolvimento do Capital Humano (FDCH) terminem os seus cursos.

Este modelo foi implementado em alguns ministérios, nomeadamente no Ministério das Finanças (MF) e Ministério da Saúde (MS), enquanto outros órgãos públicos, cujos funcionários são beneficiários do programa de Bolsas de Estudo, reintegram automaticamente os seus funcionários quando estes terminam os seus estudos.

Recentemente, e pela primeira vez, o Ministério das Finanças organizou uma sessão para a receção dos bolseiros graduados, na qual cada bolseiro fez uma apresentação relacionada com um tópico relativo à sua área de estudo, evento que decorreu no salão do Ministério das Finanças, no novo edifício em Ai-Tarak Laran, Díli. Assistiram a estas apresentações o Secretário Executivo do FDCH, o Sr. Isménio M. da Silva e a sua equipa, assim como o Chefe da Unidade de Sistemas de Informação (SI) do Ministério das Finanças, o Sr. Joanico Pinto.

«Este programa constitui uma boa oportunidade para o FDCH participar na avaliação da implementação do programa ‘Bolsas de Estudo’ depois de concluídos os estudos por parte dos beneficiários», realçou o Secretário Executivo do FDCH, o Sr. Isménio M. da Silva.

Neste mesmo evento, o Secretário Executivo acrescentou ainda que o programa do Ministério das Finanças representa o modelo mais próximo daquele em que o FDCH acredita no que respeita à gestão dos recursos humanos formados.

Além disso, o FDCH tem também intenção de recolher opiniões relativamente à parceria estabelecida entre o FDCH e o Ministério das Finanças com o objetivo de identificar os eventuais obstáculos e melhorar o acompanhamento e apoio aos bolseiros, as comunicações e o sistema de pagamento das respetivas bolsas.

«O processo levado a cabo pelo Ministério das Finanças constitui um óptimo modelo que o FDCH começará a adotar com outras instituições acreditadas para os programas do FDCH», referiu o Secretário Executivo.

De acordo com o contrato estabelecido entre o Ministério das Finanças e os Bolseiros, os últimos, uma vez concluídos os seus estudos, deverão aplicar os seus conhecimentos ao serviço do Ministério das Finanças durante três anos. A maioria destes bolseiros tirou curso de Tecnologias da Informação na Universidade de Charles Darwin, na Austrália.

 «As tecnologias no nosso Timor ainda não estão tão desenvolvidas como em outros países, contudo, quero trabalhar em conjunto com o Ministério das Finanças no sentido de desenvolvermos a nossa tecnologia, uma vez que as finanças são uma área muito importante que dá suporte a outras áreas e, assim, se os seus sistemas informáticos forem frágeis poderão representar uma ameaça à segurança da informação, permitindo que nos possam defraudar», realça Zulmira Merico Tilman, uma das Bolseiras Diplomadas.

A Zulmira confessou que enfrentou algumas dificuldades no seu primeiro ano na Austrália, na medida em que o currículo timorense é diferente, estando muito distante da realidade do Sistema Educativo da Austrália. No entanto, os estudantes esforçaram-se através de vários meios, dedicaram-se inteiramente ao curso, estudavam em grupo e faziam muitas pesquisas na Internet para acompanhar as matérias, por forma a conseguirem adaptar-se.

«Gostaríamos de agradecer ao Governo através do FDCH e do Ministério das Finanças, pois durante este período ambos apoiaram o processo de pagamento eficazmente, o que possibilitou que pudéssemos finalizar os nossos cursos», acrescentou a Zulmira.

Aquino Valentim Mota, um outro bolseiro que também terminou os seus estudos na Universidade de Charles Darwin, referiu que os conhecimentos que adquiriram são teóricos mas que se esforçarão para os colocar em prática no seu local de trabalho para, assim, contribuir para a melhoria da área da tecnologia da informação.

«Há uma coisa que é certa para mim, eu quero contribuir. Ainda que seja um intermediário recente, espero que, ao trabalhar com o Ministério das Finanças, possa implementar aquilo que aprendi e que possamos todos trabalhar em equipa», acrescentou Aquino.

A maioria das apresentações destes diplomados incidiu em áreas de conhecimento como: bases de dados em linha (online), sistemas de informação, aplicações web, aplicação da linguagem de programação. Assistiram a estas apresentações o Secretário Executivo do FDCH, o Sr. Isménio M. da Silva e respetiva Equipa e ainda o Chefe da Unidade de SI do Ministério das Finanças.

Entretanto, o Fundo de Desenvolvimento de Capital Humano através do Ministério das Finanças continua a financiar 30 bolseiros que se encontram a estudar na Universidade de Flinders, Universidade de Charles Darwin e na STIS, na Austrália (Média FDCH). (Media FDCH)

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